Grandes Administradores – Douglas McGregor e suas Teorias X, Y e .. Z

Publicado em 24/07/2011

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Olá pessoal, como estamos?!

Para mim, o principal atributo da gestão é a decisão. Gestores, antes de tudo, são pessoas encarregadas de tomar decisões. Como todos tomamos decisões o tempo todo, logo, somos todos gestores.

Quando uma empresa consegue disseminar, entre seus colaboradores, um padrão coerente para tomada de decisões, diz-se que essa empresa tem uma estratégia. Ou seja, estratégia é um padrão coerente para tomada de decisões.

Embora esse seja um blog fundamentalmente técnico, vez ou outra, pode ser útil compartilhar algumas das influências que tive para gestão e que sigo para colaborar formulação de estratégia.

Hoje, falo sobre Douglas McGregor.

Quem foi Douglas McGregor?!

Douglas McGregor (1906-1964), foi Bacharel pela Wayne University, Doutor em Psicologia Experimental na Universidade de Harvard, Reitor do Antioch College, Professor no MIT, Autor de “”.

Pensamento-chave

McGregor acreditava que as crenças básicas dos gestores têm influência dominante sobre a forma como as organizações são gerenciadas e o fundamental nisso são os pressupostos dos gestores sobre o comportamento das pessoas.

McGregor afirma que as opiniões enquadram-se em duas grandes categorias – Teoria X e Teoria Y. Essas teorias descrevem duas visões de pessoas no trabalho e podem ser usadas para expor dois estilos opostos de Gestão.

Teoria X: A visão tradicional de direção e controle

Chamada pelo autor de “Hipótese da Mediocridade das Massas”.

A Teoria X é baseada no pressuposto de que:

  • O ser humano comum tem aversão pelo trabalho e procura evitá-lo sempre;
  • Por causa disso, a maior parte das pessoas precisa ser forçada, controlada, dirigida e ameaçada para que realizem esforço adequado;
  • O homem comum prefere ser dirigido, tenta evitar responsabilidades e tem pouca ambição;
  • O homem comum busca, basicamente, segurança.

Gestores que trabalham com esse pressuposto são autocráticos.

Teoria Y: Integração dos objetivos do indivíduo com os da organização

A Teoria Y é baseada no pressuposto de que:

  • Empregar esforço, físico ou mental, em um trabalho é tão natural quanto jogar ou descansar;
  • O ser humando comum não tem aversão pelo trabalho;
  • Dependendo das condições de trabalho, ele pode ser fonte de satisfação ou punição;
  • O controle extremo não é a única forma de atingir objetivos;
  • Pessoas exercerão autocontrole e autodireção sempre que estiverem comprometidas;
  • O compromisso com objetivos é resultante das recompensas por o atingimento;
  • Em condições adequadas o homem comum não somente aceita, mas procura responsabilidades;
  • Fugir de responsabilidades, ter falta de ambição e a ênfase em segurança são consequências da experiência e não são características inerentes do ser humano;
  • A vida industrial moderna aproveita o potencial do homem comum parcialmente.

Gestores que trabalham nesse pressuposto tendem a buscar maior cooperação entre gestores e colaboradores.

Na Teoria Y, busca-se criar um ambiente de trabalho no qual as necessidades e os objetivos individuais oiden estar relacionados e armonizados com os objetivos da organização.

McGregor delineou as duas teorias tentando apontar na Y uma forma coerente de perceber os indivíduos e sustentar a gestão.

Teoria Y na prática

Maslow foi discípulo de McGregor e tentou aplicar a Teoria Y em um ambiente real. Ou seja, criou um ambiente assumindo que as pessoas querem trabalhar, realizar e assumir compromissos. Entretanto, descobriu que uma organização impulsionada apenas pela Teoria Y não poderia ser bem-sucedida, porque é necessária alguma direção e controle.

A Teoria Z

Antes de sua morte, McGregor começou a desenvolver uma nova teoria superando as críticas associadas as duas existentes (e ortogonalmente incompatíveis). Nomeou esse novo conceito como “Teoria Z”. Entre suas idéias estão:

  • emprego vitalício;
  • preocupação pelos empregados (dentro e fora do trabalho);
  • decisões por consenso;
  • compromisso com a qualidade.

Essa teoria foi usada, repetidamente, para contrastar estilos de administração japonês e americano.

A teoria Z não é, necessariamente uma combinação das teorias X e Y.

McGregor e a Liderança

Até McGregor (e em muitas empresas hoje em dia), liderança era atribuida a competências individuais (pessoas notáveis, em suas palavras), que poderiam ser “identificadas” e “replicadas”.

McGregor sustentava que havia outras variáveis envolvidas na liderança, inclusive atitudes e necessidades dos liderados, as condições da organização e ambinetes social, político e econômico. McGregor defendia que a liderançã não era propriedade individual, mas um relacionamento complexo entre essas variáveis.

Minhas conclusões

Assim como defendido por muitos (entre eles Peter Drucker), as teorias X e Y são apenas ideais e não há, na prática, empresas geridas totalmente em uma ou outra.

Assim como Maslow, acredito que o segredo está em um modelo de gestão misto. Ou seja, favorecendo o indivíduo, respeitando e buscando alinhamento dos seus objetivos com os da organização combinado a algum nível de direção e controle.

Quanto a Teoria Z, penso que ela tenha adequação muito influeciada pela cultura, assim como ocorre com o que McGregor preconiza para liderança.

Você, leitor, o que acha?

Por hoje, era isso.

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