Olá pessoal, como estamos?!
Para mim, o principal atributo da gestão é a decisão. Gestores, antes de tudo, são pessoas encarregadas de tomar decisões. Como todos tomamos decisões o tempo todo, logo, somos todos gestores.
Quando uma empresa consegue disseminar, entre seus colaboradores, um padrão coerente para tomada de decisões, diz-se que essa empresa tem uma estratégia. Ou seja, estratégia é um padrão coerente para tomada de decisões.
Embora esse seja um blog fundamentalmente técnico, vez ou outra, pode ser útil compartilhar algumas das influências que tive para gestão e que sigo para colaborar formulação de estratégia.
Hoje, falo sobre Douglas McGregor.
Quem foi Douglas McGregor?!
Douglas McGregor (1906-1964), foi Bacharel pela Wayne University, Doutor em Psicologia Experimental na Universidade de Harvard, Reitor do Antioch College, Professor no MIT, Autor de “”.
Pensamento-chave
McGregor acreditava que as crenças básicas dos gestores têm influência dominante sobre a forma como as organizações são gerenciadas e o fundamental nisso são os pressupostos dos gestores sobre o comportamento das pessoas.
McGregor afirma que as opiniões enquadram-se em duas grandes categorias – Teoria X e Teoria Y. Essas teorias descrevem duas visões de pessoas no trabalho e podem ser usadas para expor dois estilos opostos de Gestão.
Teoria X: A visão tradicional de direção e controle
Chamada pelo autor de “Hipótese da Mediocridade das Massas”.
A Teoria X é baseada no pressuposto de que:
- O ser humano comum tem aversão pelo trabalho e procura evitá-lo sempre;
- Por causa disso, a maior parte das pessoas precisa ser forçada, controlada, dirigida e ameaçada para que realizem esforço adequado;
- O homem comum prefere ser dirigido, tenta evitar responsabilidades e tem pouca ambição;
- O homem comum busca, basicamente, segurança.
Gestores que trabalham com esse pressuposto são autocráticos.
Teoria Y: Integração dos objetivos do indivíduo com os da organização
A Teoria Y é baseada no pressuposto de que:
- Empregar esforço, físico ou mental, em um trabalho é tão natural quanto jogar ou descansar;
- O ser humando comum não tem aversão pelo trabalho;
- Dependendo das condições de trabalho, ele pode ser fonte de satisfação ou punição;
- O controle extremo não é a única forma de atingir objetivos;
- Pessoas exercerão autocontrole e autodireção sempre que estiverem comprometidas;
- O compromisso com objetivos é resultante das recompensas por o atingimento;
- Em condições adequadas o homem comum não somente aceita, mas procura responsabilidades;
- Fugir de responsabilidades, ter falta de ambição e a ênfase em segurança são consequências da experiência e não são características inerentes do ser humano;
- A vida industrial moderna aproveita o potencial do homem comum parcialmente.
Gestores que trabalham nesse pressuposto tendem a buscar maior cooperação entre gestores e colaboradores.
Na Teoria Y, busca-se criar um ambiente de trabalho no qual as necessidades e os objetivos individuais oiden estar relacionados e armonizados com os objetivos da organização.
McGregor delineou as duas teorias tentando apontar na Y uma forma coerente de perceber os indivíduos e sustentar a gestão.
Teoria Y na prática
Maslow foi discípulo de McGregor e tentou aplicar a Teoria Y em um ambiente real. Ou seja, criou um ambiente assumindo que as pessoas querem trabalhar, realizar e assumir compromissos. Entretanto, descobriu que uma organização impulsionada apenas pela Teoria Y não poderia ser bem-sucedida, porque é necessária alguma direção e controle.
A Teoria Z
Antes de sua morte, McGregor começou a desenvolver uma nova teoria superando as críticas associadas as duas existentes (e ortogonalmente incompatíveis). Nomeou esse novo conceito como “Teoria Z”. Entre suas idéias estão:
- emprego vitalício;
- preocupação pelos empregados (dentro e fora do trabalho);
- decisões por consenso;
- compromisso com a qualidade.
Essa teoria foi usada, repetidamente, para contrastar estilos de administração japonês e americano.
A teoria Z não é, necessariamente uma combinação das teorias X e Y.
McGregor e a Liderança
Até McGregor (e em muitas empresas hoje em dia), liderança era atribuida a competências individuais (pessoas notáveis, em suas palavras), que poderiam ser “identificadas” e “replicadas”.
McGregor sustentava que havia outras variáveis envolvidas na liderança, inclusive atitudes e necessidades dos liderados, as condições da organização e ambinetes social, político e econômico. McGregor defendia que a liderançã não era propriedade individual, mas um relacionamento complexo entre essas variáveis.
Minhas conclusões
Assim como defendido por muitos (entre eles Peter Drucker), as teorias X e Y são apenas ideais e não há, na prática, empresas geridas totalmente em uma ou outra.
Assim como Maslow, acredito que o segredo está em um modelo de gestão misto. Ou seja, favorecendo o indivíduo, respeitando e buscando alinhamento dos seus objetivos com os da organização combinado a algum nível de direção e controle.
Quanto a Teoria Z, penso que ela tenha adequação muito influeciada pela cultura, assim como ocorre com o que McGregor preconiza para liderança.
Você, leitor, o que acha?
Por hoje, era isso.
julho 29th, 2011 → 1:20
[...] é o segundo post que escrevo tratando sobre administração. Outro dia, escrevi sobre Douglas McGregor, hoje vou falar sobre Max [...]