Você é (in)competente?

Olá pessoal. Tudo certo?!

Com alguma frequência, julgamos nossos ambientes de trabalho, nossos líderes, gestores e, até mesmo, nossos clientes. Com frequência nem tão grande, entretanto, fazemos um auto-julgamento honesto. Poucas vezes avaliamos nossa competência.

Mas, afinal, o que é competência? Você é competente? Em caso positivo, como sabe disso?!

Competência é uma combinação de atributos

Não é fácil definir competência. Entretanto, é útil. Principalmente nos dias de hoje.

Uma definição comum, e extremamente útil, diz que competência é igual a CHA. Ou seja, conhecimento + habilidade + atitude.

Você é compentente se reunir o conhecimento, habilidade e atitude adequadas para desempenhar uma função.

Fazer uma avaliação apenas de um desses três aspectos é perigoso. Além disso, quase sempre, provoca mal entendidos e constrangimentos.

Sobre o conhecimento

Conhecimento é fundamental. Mas, dos três valores que formam a competência é, de longe, o menos importante.

Considere,

Pessoas com atitude correta, conseguem desenvolver o conhecimento adequado. O oposto, infelizmente, não é verdade.

A maioria das empresas com maturidade no recrutamento (e seleção) de profissionais afirma priorizar pessoas com a atitude adequada. Além disso,

Não é incomum que profissionais com grande conhecimento tenham desvios sérios de atitude.

Nos dias de hoje, com tantas opções e demandas tecnológicas, não é difícil perceber que é impossível saber tudo sobre tudo. Perceba,

Especialistas são profissionais que sabem cada vez mais sobre cada vez menos.

Em muitos cenários, pode ser mais interessante “trabalhar os fundamentos”. Buscar “horizontalidade” (diversidade) de conhecimentos, no lugar de “verticalidade” (especialização). Afinal, não estamos mais na era do conhecimento e sim na era do conceito.

Perceba, estou longe de desprestigiar o conhecimento. Mas, mais do que este propriamente dito, considero mais importante o desejo de saber (o que implica na atitude correta).

Sobre a habilidade

Habilidade é conhecimento posto em prática.

Conheço muitos profissionais com grande conhecimento e nenhuma experiência prática.

Na teoria, teoria e prática são iguais. Na prática, são completamente diferentes.

Uma das circunstâncias mais comuns, onde vejo conhecimento desassociado de habilidade, é em discussões sobre boas práticas e sobre DDD. Também vejo um bocado disso em arquitetura de software.

Se você possui conhecimento mas não possui habilidade, é, de forma muito direta, incompentente. O que não é um problema (de forma alguma), mas é uma realidade que precisa ser considerada.

Veja,

Se você tem dificuldades para ganhar habilidade nos seus conhecimentos, considere colaborar em projetos open-source.

Sobre a atitude

Precisa de conhecimento, estude. Precisa de habilidade, coloque seu conhecimento em prática. Precisa de atitude, reveja suas prioridades.

É a atitude o ingrediente fundamental para o funcionamento de metodologias ágeis. É a atitude que autoriza o feedback, o auto-gerenciamento, o crescimento das carreiras.

A atitude correta começa com um forte conjunto de valores. Para funcionar, esses valores precisam estar alinhados com os valores da organização. Sem esse alinhamento, não há atitude.

Atitude adequada é a força motriz para busca do conhecimento. Atitude adequada é o impulso para que coloquemos nosso conhecimento em prática. Atitude adequada indica se você é capaz de assumir responsabilidades.

Há quem confunda atitude com rebeldia. Até seria verdade, caso a segunda não viesse acompanhada, quase sempre, de hipocrisia.

Concluindo …

Infelizmente, é difícil combinar conhecimento, habilidade e atitude. Em função disso, é difícil ser competente.

Há pouco benefício, ou mérito, em ter apenas um desses valores. A falta de um deles quase sempre é a “causa” para tantos “bons profissionais aparentes” ter tantos problemas para progredir na carreira.

O que lhe falta para ser competente?! O que você está fazendo para mudar isso?!

Era isso!